quinta-feira, maio 19, 2011

Nunca existirá.





Sou a alma que mais chora.
Contemplo o amor que mais implora.
Vivo sempre a favor de sofrer,
E sofro por querer viver.

Hoje por algo impuro.
Amanha por não querer sentir.
Hoje por viver o futuro.
Amanha por não ter o que viver.

Rápido e continuo caiu sobre o mar.
Muito rápido e perdido voa sobre o mar.
É como falhas no coração,
Abrem-se, ferem e não curam nunca mais.

Dista do tão natural.
Esquece do que é tão normal.
Está sobre as coisas ruins,
Está sobre a vida que perdi vivendo para você.
Está somente na juventude perdida por você não querer.
Está mais que perdida, está acabada e sem volta,
Pois o tempo não corre atrás, o tempo só mundo sem esperar.
O tempo só pertence a quem o faz, e quem o agora faz.


Depois de tudo sumir, depois do meu amor implorar.
Depois de tudo perdido, só uma esperança aparece.
Apenas a minha esperança de sempre estar.
Estar lutando pelo tempo que não volta mais.

Foi pouco tempo.
Mais foi um tempo,
Que a vida não me traz mais.
Foi à perda mais importante pra mim.
Foi à perda do amor que jamais existiu.
Foi à grande perda da minha vida.
A perda do que não surgiu.
Aquilo que em mim adormece está vivo.
Mais com passar do tempo ele sumiu.
Sumiu por procurar o que na minha vida nunca existiu.

(Luciana Amaral)

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