domingo, maio 29, 2011

Mil razões.

A arte do pensamento prévio é a sobrevivência do próprio conhecimento pelo mundo atual.
A verdadeira face forjada pelo fracasso é a constante insinuação dos frágeis lençóis humanos.
A grande forma de encontrar o destino é denominar-se sonho, e viajar dentro de si mesmo até que encontre sua verdadeira realidade.
A realidade futura, que contenta um amor superficial e cheio de entranhas vazias por onde se passou uma tranqüila forma de emoção chamada normalmente de tristeza.
O continuo desespero pelo rude sentimento de ardor.
O grande desespero pelo encontro do passado ao sabor.
A história do músico que ao ventre solitário ficou.
A façanha da menina que dentro dela a alma sozinha restou.
Destruição de um campo cheio de coisas a conquistar.
O luxo pelo crescer e encantar.
A destreza pelo forte desejo a dominar.
O que traz pensamento traz questionamento.
O que afável nos torna, instinto nos faz recordar.
O que alegria se torna, afogada já foi um dia, talvez.
O que a magoa nos transtorna, já foi perdão um dia, talvez.
E a impureza que toma o homem o faz desumano e próprio para a vida cair sem cogitar.
Imaginar a presença de um forte passado é a vida o presente torturar.
Perceber o contrário, depois de tudo ter acontecido é sonhar com á perca do que virá.
Tornar-se impecável e ser dominado pela pena é a vontade de não querer mudar.
Suprir o rápido desenvolvimento é desligar-se do passado.
O sofrimento em órbita sobre meu coração.
Atentar-se sempre ao inalcançável é surreal.
Dominar a perfeição através da afobação.
Compreender a batalha é aprender a dominar-se.
A forte guerra que comporta meus pés é feita de pó.
A forte luta que compõe a vida é sobreviver ao que vier.
E a pior dor que pode existir é sentir que o amor mais puro e mais intenso que existe em você está sob controle de um fútil passado infantil.
E pior ainda é descobrir que o que era de mentira hoje se torna cada vez mais real.
O que me consola é a seriedade com que trato esse pensamento e a observação que me faz continuar.
A pequena observação que dá sentido a toda minha vida.
O amor que sinto por você.
Luciana Amaral.

Soneto de Guerra.




Ouvi ó guerra que estou na luta.
Senhor me espera devo vencer.
Ouvi soldado meu grito armado.
Espera-me senhora irei voltar.

Ouvi ó senhor minha alegria.
Que a tristeza em mim fugiu com a vida.
Espere-me á encontrarei onde for.
Ouvi inverso cheio de maldade.

Procurando a saudade perdi-me.
Assumindo a verdade pequei-me.
Ouvi ó vida que a  mim foi amada.

Justiça feita em mãos de paz e amor.
Ouvi ó vida torturada assim.
És armada e faz-me ardor do bem


(Luciana Amaral)

domingo, maio 22, 2011

Obediente sofrimento.





Outrora e tudo mudou.
Aquele instante e mais uma vez se repetiu.
Grande conto logo chegou e aqui muito modificou.
 Seu orgulho não vale de nada.
Serve mesmo para me destruir, serve de culpa.
Serve apenas de lama e maldade.

Sua inunda concepção sobre a vida.
Sua célebre vontade de me mudar.
Sua capacidade de castigar.
Essa forte insinuação contra meus momentos.
Sua vida deveria fazer parte da minha.

Tudo está quase acabado.
Triturado tudo está.
Perdido e gastado.
Não sei mais o que fazer.
Não sei como respirar.
Esqueci como devo viver.
Esqueci de tudo, até de amar.

Então onde quer que você esteja.
Eu estarei lá.
Então o quer que eu faça.
Eu farei.
Mas se me queres triste.
Eu não ficarei.
Mas se me queres sozinha.
É só de você que eu quero estar.


Mesmo que eu vá longe,
Para alguém estarei de volta.
A vida é alegria e lamento.
A vida é um nada e nada de tudo.
E para alguns tudo se retorna se renova.
E para mim tudo estará vivo quando uma face morrer.

Luciana Amaral.


sexta-feira, maio 20, 2011

Outra via, chamada destino.





Por cada instante em que respiro
Perco-me sobre meus momentos.
Por dias cheios de feitiço
Sinto-me sobre meus versos.
Por escolher a face da alma
Sequei-me em solução.
Por ter que viver ao tempo
Virei a falsa resolução.


A última vontade foi desta para o fim.
A última escolha foi dessa para mim.
A sua saudade compõe meu sentimento.
A sua maldade invade meu sofrimento.

Distúrbios compostos por falta de algo mais.
Ora distante, ora chegando.
Uma via destinada ao destino.
Uma forma de viver e amar.

(Luciana Amaral)

quinta-feira, maio 19, 2011

Fonte de felicidade





Dicção do bem estar.
Estou dentro do fundo malefício.
Perdendo-me por tentar continuar.

Dicção do prazer.
Estou na perdição do pecado.
Perdendo-me por loucamente amar.

Dicção da alegria.
Estou na grande tentativa
Perdendo-me no riso para me encontrar.

Dicção da melancolia.
Estou caindo em sonhos.
Perdendo-me na vontade de sumir.

Dicção da verdade.
Estou mentindo pra sobreviver.
Perdendo-me não estou por querer viver.

Dicção da última felicidade.
Estou sumindo e como ela desaparecendo.
Perdendo-me em quem ela menos confia.

Encontrei por todas as dicções
 uma coisa que em certo ponto tocava-me um som
Toquei a mesma coisa
e ressurgiu um pequena palavra,
que explicava a perdida felicidade.
Encontrei a única que não me abandonava,
Encontrei a tristeza.

Companheira de minhas solidões.
Irmã gêmea da infelicidade.
Prima da minha angústia.
E adotada por mim como companhia.
Ao contrário da alegria traz pra mim grandes medos.
Ao contrário do amor traz pra mim grandes desesperos.
Apesar de tudo traz alguma coisa pra mim.
Mesmo que seja a mais infiel lágrima contida em meu rosto.
Mesmo que seja a mais pesada quantidade de água derramada por mim.
Mesmo que seja o final da minha triste dor por esquecer-se da vida.

(Luciana Amaral)


Nunca existirá.





Sou a alma que mais chora.
Contemplo o amor que mais implora.
Vivo sempre a favor de sofrer,
E sofro por querer viver.

Hoje por algo impuro.
Amanha por não querer sentir.
Hoje por viver o futuro.
Amanha por não ter o que viver.

Rápido e continuo caiu sobre o mar.
Muito rápido e perdido voa sobre o mar.
É como falhas no coração,
Abrem-se, ferem e não curam nunca mais.

Dista do tão natural.
Esquece do que é tão normal.
Está sobre as coisas ruins,
Está sobre a vida que perdi vivendo para você.
Está somente na juventude perdida por você não querer.
Está mais que perdida, está acabada e sem volta,
Pois o tempo não corre atrás, o tempo só mundo sem esperar.
O tempo só pertence a quem o faz, e quem o agora faz.


Depois de tudo sumir, depois do meu amor implorar.
Depois de tudo perdido, só uma esperança aparece.
Apenas a minha esperança de sempre estar.
Estar lutando pelo tempo que não volta mais.

Foi pouco tempo.
Mais foi um tempo,
Que a vida não me traz mais.
Foi à perda mais importante pra mim.
Foi à perda do amor que jamais existiu.
Foi à grande perda da minha vida.
A perda do que não surgiu.
Aquilo que em mim adormece está vivo.
Mais com passar do tempo ele sumiu.
Sumiu por procurar o que na minha vida nunca existiu.

(Luciana Amaral)

terça-feira, maio 17, 2011

Depois dos sonhos.




 O choque da realidade.
A distante utopia desejada.
 O pequeno caminho pra terra.
O longo salto pro céu.


O desespero por ter que acordar.
O desprezo por ter que mudar.
Lírios de vida me jogam pro ar.
Palha de fogo que me faz queimar.


Ardem meus olhares.
Surtam meus ouvidos.
Enlouqueço por querer voltar.
Deixa meu sonho eu sonhar.


Simples retomada amanhã.
Não sei escolher meus queridos.
Sei que eles me escolhem por ser querida.
Sonho de criança é imaginar.

(Luciana Amaral)

Tente ser eu.





Tão perdida em meus pensamentos, e o momento voa.
O mundo rapidamente me ouve, discute e a fundo de tudo está meu complexo modo de viajar, meu disperso modo de amar, meu intenso teatro de convencer, meu grande drama e minhas discussões sobre as coisas.
A vida sempre me ensinando e eu fragilmente caindo, caindo e aos poucos sendo destruída pelo sucesso que não consigo alcançar.
Buscando cada dia uma forma de trazer a felicidade, e sempre insistindo em conter a tristeza em meus dias.
Como é fácil discutir sobre o que não faz parte do nosso cotidiano, como é bom entender o que não se passa dentro de nós, mas pior ainda é sofrer pelo que nunca viveu, pior do que sofrer é viver a partir dos outros, vivenciar  as obrigações que lhe são destinadas.
Hoje espero que o que me cure seja difícil, espero que o que arrume seja o quase impossível, pois de tudo que faço só me resta uma porta, uma chave, uma entrada e uma força tropeça de coragem.
Nada que podia ter visto foi escolhido ou destinado, tudo que passei foi pouco pro que vivenciei, a intensidade de minhas coisas são fruto da solidão, a intensidade dos fatos é falta de atenção, a intensidade na dor é a falta de carinho que me torturou.
Longe a perfeição me deu um ar de sobrevivência, chamado dominar.
Perto de mim é chamado cativar.
Pra você pode ser aparecer ou discordar querer sempre agradar.
Insanidade cruel imaginar plena falsidade, insanidade maior me imaginar fingir ser quem sou.
Tormento que fraquezas trazem pra mim que longe estou.
 Eu que busco a infiel felicidade composta por dor.
Composta por perfeição, composta pelas repetidas palavras ditas de amor.
Grande luxo desejar-me só, nenhuma surpreendente ilusão você querer que eu suma,     
nenhuma desilusão trazer suas garras sobre meu singelo coração.
Já que aqui estou me despindo de pecados e desejos, espero que encontre meu pior defeito e minha melhor qualidade, espero que seja muito bem amado e que não seja muito mal tratado, pessoas são compostas  por fundas e diversas reações.
Que tal escolher ser temido, pois ser amado pode ser pouco pra quem vive de ganância.
Que tal ser sofrido, pois ser feliz pode ser muito pra quem não tem amor.
Que tal escolher a vida, pois o mundo pode ser pouco pra quem não sabe me entender.

(Luciana Amaral)


Tente simplesmente fazer parte do circo que vivo, tente por um segundo escrever,sofrer e rir, pode ser divertido mas também pode ser chato ir mal em português e literatura !!

domingo, maio 15, 2011

Sem riscos.





Varreu a negra alma.
Fugiu com a escuridão.
Trouxe uma límpida calmaria.
Desconhecida e feita de ilusão.
Uniu a fraqueza e a frieza.
Destruiu a tristeza e a pureza.
Hoje está longe de tudo.
Hoje está perto de você.
Pois se a decompor.
Pois se a arriscar.
Deu sua vida.
Para ao amor julgar.
Criou nosso mundo.
Criou uma vida.
Cheia de alegria.
Na lua.
No sol.
No dia.
Na estrada.
Na fadiga.
No destino.
E ontem foi se embora.
Sinto-me agora o futuro.
Sinto-me fria, vazia.
Sinto-me jogada na vida.
Presa sempre á você.

(Luciana Amaral)

segunda-feira, maio 09, 2011

Dores do coração ao meu amor.







A dor que em nós continha, era feita de giz.
A força que de nós saia, acabava a todo o momento.
E ao relento vivemos por muitos anos.
As nossas paradas eram provisórias e nos destruíam a cada
Instante que a vida nos traz.
As nossas guerras tão frias deixaram nossos corpos sobre o vento
E ao vento á alma levou.
As nossas distâncias tão grandes assim como os outros nos deixam vazios,
E sozinhos não queremos estar.
A todo o momento perdido no tempo, leve e leve, nossas plumas intensas,
São carregadas pelas varias formas de sonhar.
E pelo giz que se apaga, nosso encanto se salva mais se lava com a égua e não volta nunca mais.
Pela força do giz de uma alma, nossa vida cheia de trauma compõe o cenário mais estranho que já existiu, compõe uma pena de quem a vida doou e a grande história de quem o amor apenas desejou e nada foi sentindo, e quando um sinal de liberdade se abriu, tudo foi jogado pela porta e ao espaço entreaberto daquela incerteza, o vento apagou toda lembrança que havia no quadro, feito da vida, escrito de giz e ao espaço se foram nossas recordações que nem o caminho pode retomar pela volta ao tempo.

(Luciana Amaral)

domingo, maio 01, 2011

Meu mundo.


Nasci pra dividir um caminho.
Criei uma história minha vazia.
 Escolhi mudar e me escolheram a mudança.
 Ganhei num brinde de tristezas.
E levei a pior tentando me esconder.

Sou uma sombra perdida entre mundo.
Sou uma pedra trancada á grandes desejos.
Tenho que ir, chegou a hora de emudecer.
A hora de espairecer.

Já está tudo sumindo.
Já vejo o mundo decompondo,
Sinto-o me explicando como vou sobreviver.

Seu ódio por minhas conquistas.
Vão me matar.
Quando você respira meu corpo enfraquece.
Enquanto você tem minha vida eu não vu saber viver.
Enquanto me rouba a felicidade eu não consigo ser feliz.
Enquanto eu sofro todos os dias você ri do meu amor.
Enquanto eu tento agradar as pessoas você me ignora.
Enquanto eu tento ser eu mesma você me força a ser quem eu não sou.
Enquanto eu perco minha vida, na angústia, você diz me ajudar.
Enquanto deveria fazer seu papel, eu só me afasto de você.
E quanto mais você me atrapalha mais eu quero sair desse ciclo cruel.

Enquanto todo mundo rir da vida eu choro sozinha, morro por dentro e faço esse mundo rir.

(L.Amaral)