domingo, junho 26, 2011

Decrescente Desejar.






A mania como se envolve os corpos.
A verídica fraca desenvoltura de se atormentar.
O grande passo que a luta sem guerra hoje vem conquistar.
Percorre a largos passos um modo de se encontrar.
Tudo indica ser, nada como distinguir o querer.
Fugir com a incerteza, destratar a frieza e viver o sonhar.


O contato com o impotente é construir o delinqüente.
O escolher a sorte compõe o desfio, o perdido.
O duvidar a morte desatina, o entardecer.
O preciso é indeciso e feito á risca arriscar.
O longe é aqui perto de se matar.

A dentre os sonhos, escolhi sonhar.
A dentre os beijos, escolhi beijar.
A dentre os amores, escolhi amar.
A dentre os desejos, escolhi o prazer.

Rápida e continua, foi meu formar.
Vivida e perdida, foi meu acariciar.
Gravidade e amor, foi meu voar.

Listada os prefixos, podendo permanecer.
Listado os sufixos, podendo flutuar.

É um momento de se encaixar.

Luciana Amaral

domingo, junho 19, 2011

Meu coração é seu.







Entrego-te meu destino.
E ao largo instante em que te vejo, respiro amor.
Forçado tento aos poucos não deixar levar, preciso da força.
Preciso que me ajude a sempre te amar.
Preciso de você para respirar.
Sufoco-me ao teu sorriso, só sinto seu beijo sobre meu olhar.
Ferida, te desejo meu vício.
Veneno, te desejo comigo.
Suor, pela paixão bandida.
Fraqueza, pela dor sofrida.
Amor, pela vida.
Vida, por você.
Meu bem.

Luciana Amaral.

quarta-feira, junho 15, 2011

Show de exagero.







Não é possível ser feito á vaidade, quando se tem prazer.
Não é correto ser correto, quando se tem o errado.
Fazendo a via que trafega os homens, somos um.
Desviando a via que ultrapassa o homem, somos mundo.
Crucificando o pecado a torno de uma fé será correto?
Crucificando sua vida a torno de uma obrigação é errado?
 Desfrutar de seus desejos é não ter fé?
Desmascarar as falsidades não é ter amor?
Ter sangue é ser fiel?
Ter carisma é só sorrir?
Ter amizade é só ser feliz?
Outras perguntas ao meu tormento julgam-me veneno.
Essas respostas jogam-me ao vento.
Outras dúvidas cercam meu sobreviver.
Essas condições fuga meus pensamentos.
E uma fria vontade que me faz irônica sorrir.
Fingir tão bem, como foi, foi mera conseqüência.
Fugir tão rápido, como foi, foi mera experiência.
Deixar tudo cair foi simples desastre.
Compor novamente foi grande saudade.
Que saudade, oh destino amado.
Trouxe-me o fim.

(Luciana Amaral)

domingo, junho 12, 2011

Quero você..


Quero suas conquista.                                  Quero suas respostas.
Suas artimanhas.                                          Querido me queira.
Suas venerações.                                          Quero-te mais que te quis.
Suas maldades.                                             Quero sua completa vida.
Quero você.                                                   Quero você.



Queridos amigos.                                         Quero o amor.
Quero minha historia.                                  Quero até a morte.
Quero minha infância.                                 Quero tanto que nem sei o que quero.
Quero meus filhos criar.                             Quero o que não quero.
Quero você,                                                 Quero você.


Queridos irmãos.                                         Quero-te destino.
Quero até vocês.                                          Quero-te pecado.
Mais perto de mim.                                      Quero mais vida.
Quero a minha vida.                                    Quero a sorte que perdi.                                  
E a minha vida me quer.                              Quero me perder em amor.
Quero você.                                                 Quero você ,você e você.

sábado, junho 11, 2011

Fiscalizando meu destino.





Pare ai sorriso.
Diga-me aonde vais.
Pare ai tristeza.
Diga-me o que irá fazer.

Siga então amor.
Livre está aquele sinal.
Siga então paixão.
Livre aquele corpo está.

Multa por ser tão belo.
Multa por não me querer mais.
Multa por não me amar.
Liberado, eu não consigo aprisionar-te.

Venha me levar.
Venha ao sinal verde me buscar.
Venha minha vida.
Venha se apaixonar.

Enquanto a faixa se aproxima.
Meu farol se apaga.
Enquanto meu destino afasta.
Meu corpo se domina.

Enquanto eu fico pensando em você.
O sinal abre e tudo anda.
O sinal fecha e tudo para.
O sinal amarelo e eu esperando por você.

(Luciana Amaral)

quinta-feira, junho 09, 2011

Dista de pássaros.






Vamos a alegria comemorar.
Mima, anima, mania é cheia de muito mais.
Cheia de muito prazer.
Vamos a felicidade festejar.
 Lula, anula, pula é cheia de muito mais.
Quanto mais em mim feliz está.
Quanto em menos, menos está.
Simples é traduzida em quem as sumi.
Consumi.
Torturei.
Fraquejei.
Tornei-a bela pra vida.
Tornei-a minha, só minha.
Sozinha.
Tornei-a livre, como pássaros.
Deixei que voasse como pássaros.
Soltei o prazer em forma de laços.
E fugi depois da longa corrida sobre os ventos do céu.
E fugi pelo medo da encosta na reverenda.
E aproximei a coragem do medo na garganta.
Limpei as próximas vertigens.
Aprofundei as vontades.
E suguei o ar das mangueiras.
É inverno.
E só me resta à vida viver.


(Luciana Amaral)

quarta-feira, junho 08, 2011

Trago meu robô.




Lapidado de sonhos.
Contornado de desejos.
Ele repete meus ardores.
Ele pede pra esquecer.

Ando de mãos dadas.
Carrego pra passear.
E o perco na estrada.
Ganho vida quando feliz ele está.
Lindo fica quando consigo amar.

A paz que o contorna é feita de pó.
Fina e levada com um leve vento do entardecer.              
A esperança que o anima está em mim.
A confiança que desatina é grande demais.
A bondade que nele o toma é linda como um jardim.
Criado por mim como anjo.
Criado para se espalhar.
Criado para vivenciar até coisas ruins.

Velho amigo novo.
Grande amigo pequeno.
Subjetivo amigo objetivo.
Nosso amigo meu.

Um robô de vontades.
Seguindo ainda obrigações.
Indeciso como faz com seus companheiros.
Incerteza como a que sente comigo.
Triste por me ver infeliz.

Sua fortaleza é minha alma.
Sua espiritualidade conquistada com prazer.
Suas virtudes compostas por vitórias.
Sua vida é uma maquina.
Seu coração é um parafuso.
E quando estou longe de você, perco meu parafuso sem fim.
Quando sinto que meu coração se afasta, espelho seu que foge.
Faço uma reforma e ainda insisto em compor meu amor com sua maquina de parafusos.
O único que pulsa em mim.
E pelas artérias e fios me traz sentimentos.
E pelas veias e tomadas me traz consentimentos
E o único desejo que me traz compulsão é ver você meu robô, virar um coração.

Luciana Amaral.

terça-feira, junho 07, 2011

Não existe livro pro amor.




Um desespero por querer continuar.
Uma dor inútil que agora não me faz voar.
Foi um grande amor.
Foi uma grande forma de amar.
Um espaço vazio.
Cheio de desejos a completar.
Mas completo apenas de amor.
Que prova.
De que o amor não traz felicidade.
Amor sem paz é tormento.
Amor sem paixão é fermento.
Amor sem lealdade é desconsideração.
Amor sem respeito não é união.
Amor sem fé é o fim.
Amor sem amar é um sim.
Sim pras mudanças.
Sim para as esperanças,
Que logo virão.
Sem existe amor maior que o mundo,
É impossível amar.
Se existe amor maior que vida,
É impossível viver.
Se existe o amar mais que tudo,
É impossível o infinito existir.
Se simplesmente existe o amor,
Nada mais existirá.
E se um dia você soube amar,
Não existe nenhum mundo que te falte
Conhecer.
Se você sofreu por amor, não existe dor maior para,
Sentir.
Se disser que ama alguém, não existirá nenhuma palavra no mundo que precise,
Conhecer.
Se sonhar em vida e não sonhar em amor, não é sonho.
Se desejar sonhar e não viver amor, não é vida.
Se esconder-se for a saída, escolha sair por amor, ou troque as mudanças e trafegue
Sozinho, afinal quem disse que é regra amar?
(LUCIANA AMARAL)

"Eu sei que não sou nada e que talvez nunca tenha tudo. Aparte disso, eu tenho em mim, todos os sonhos do mundo." (Fernando Pessoa)

Era um conto de fadas.




Acredita em amor?
Acredita em amar?
Acredita mesmo que exista vida?
Acredita mesmo que vive por existir?

Já achou fadas?
Já sonhou mentiras?
Já realizou todos seus sonhos?
Já escolheu seu futuro?

Trouxe toda sua magia?
Trouxe todo seu encanto?
Doou seus pecados?
Doou suas fraquezas?

Afastou todo seu medo?
Afastou toda sua coragem?
Criou todo seu mundo?
Acordou assustado?
E descobriu que o conto de fadas,
Acabou.

(Luciana Amaral)

segunda-feira, junho 06, 2011

Fugindo com os segredo.






Sigo suas passagens.
Sigo seu inteiro ser.
Sigo também tua alma
Pois ela sabe me guiar.
Atraio seus destinos
Pois eles me levaram.

Adentro de seu corpo
Sou a alma feliz.
Adentro de sua alma.
Sou o corpo infeliz.

Espero a dúvida
Mas sempre amo o amor.
Espero o pecado
Mas sempre amo o ardor.
Espero sua virtude.
Mas sempre amo seu amor.

Ao fim de tudo sou uma.
Ao fim de nós sou tua.
Ao fim da vida somos nós.
A vida em tudo nos faz mais.

Crescer por onde for, estarei aqui.
Viva por aonde vier, estarei aqui.
Sinta tudo que tocar, mas não se esqueça
Sempre de tocar a mim.
Não se esqueça que doei minha vida
Pra sua vida guiar a mim também.

Luciana Amaral 

Nosso ventre.







Ganhamos a corrida.
Vencemos a despedida.
Sonhamos juntos.
Vivemos sós.

Procuramos os presentes.
Despedimos do passado.
Escolhemos o futuro.
Destinamos o amor.

Fazemos planos.
Criamos mundos.
Fingimos tristeza.
Alegramos os dias.

Jantamos á mesma mesa.
Juntamos as mesmas meias.
Jogamos na mesma cama.
Julgamos o mesmo café.

Somos feitos de esperança.
Somos feitos de concordância.
Fomos feitos por nossos pais.
Fomos feitos de amor.

Fomos feitos um para o outro.
Fomos sonhados a sobreviver.
Fomos amados e amando,
Tentamos viver.

(Luciana Amaral)

domingo, junho 05, 2011

Por favor.






Não me traga suas dúvidas.
Não venha enganar-me.
Não me veja com os mesmos olhos.
Não me entregue ao seu pouco amor.

Devore-me fria.
Devore-me pura.
Devore-me sozinha.
Devore-me vazia.

Encontre você em suas escolhas.
Encontre o que você quer ser.
Encontre tudo, só não me encontre mais.
Encontre o seu amor, pois não soube nem me amar.

Então não volte mais.
Então não me esqueça.
Então jamais me ame.
Apenas aprenda a amar você.


(Luciana Amaral)

Só o fogo destrói.




O fogo que me acalma, não é
O mesmo que me atormenta.
 A dor que em fogo apaga, não é
A mesma dor que o amor atrai.
A força com que o fogo acaba não é
A mesma força que me anima.
O fogo do amor destrói a paixão.
O fogo da esperança destrói o coração.
O fogo da morte destrói a vida.
Jogamos o que não queremos ao fogo.
Jogamos lixo ao fogo.
Jogamos até nossas vidas ao fogo.
E no final só o fogo destrói.
Pois até nosso amor é jogado ao fogo.
E com ele nossos sonhos queimados.
Ao vento suas faíscas cobrem o céu.
Ao vento suas infortunas destruições são
Destruídas.
Mas só o fogo destrói.
Mas só o fogo queima.
E o amor quando queima.
É paixão de fogo, que decompõe
O fogo que queima.

(Luciana Amaral)

A magia do amor.




O poderoso sentimento fruto da palavra amor.
A grande pratica de se amar.
Oh vida cheia de magia que me trouxe assim.
Cheia de muito amor.

Batalhamos pela vontade.
Com todas as garras vencemos.
Rendido pobre amor, deixou de amar.
Escoltado e banido pela dor foi paradoxal.

A magia que ele gera quando em ação.
Deixa meu coração em ação de desejar.
O que contagia em seu estado dominar.
É a forma como varia em mundo rodear.

As borboletas são elevadas
E ate uma criança hoje sabe como é
AMAR.
As fadas excluídas pelo fabuloso
Modo que o amor nos faz encantar.
As estrelas nem brilham mais em
Comparação ao tamanho da luz que
 a cada dia me faz amar.


O céu é puro de impurezas
E o amor feito ate de tristezas.
Completo por destrezas.
Oh pequeno jeito de amar.

Se a fundo perdi a memória por quem amei,
Ganhei a vida pelo amor que tenho a mim
Que não me enganei.
Não dura pequena como paixão.
Não ama extrema como eternizar.
Dura o bastante para sobreviver.

Enquanto fingido for o amor.
Seremos mentiras diante ao seu horror.
Se quiseres ser pecado, seremos pecado,
Também.
Se desejares me matar por amor,
Que seja a morte por amar alguém.
Se sonhares em me trocar,
Que seja por um melhor.


Se quiseres minha vida.
Eu lhe darei.
Pois a vida é tudo
E pouco do que posso
Por eterno te dar.


(Luciana Amaral)

Contato inato.





Gargalhas ouço em pequeno som.
Ruídos soam em meus ouvidos.
São boatos? São fofocas?
São dias em que no vazio estou.

Sombras vejo em pequeno espaço.
Penumbras em meus olhos.
É noite? É luar?
São dias em que na escuridão estou.

Dista de tão longe meus encantos.
Que perdi minha audição.
Dista de tão longe meus sentimentos.
Que perdi minha visão.

É melhor escolher
Do que ser escolhido.
É melhor ver
Do que ser visto.
É melhor ouvir
Do que ser ouvido.
É melhor viver
Do que ser vivido.

(Luciana Amaral)