segunda-feira, maio 09, 2011

Dores do coração ao meu amor.







A dor que em nós continha, era feita de giz.
A força que de nós saia, acabava a todo o momento.
E ao relento vivemos por muitos anos.
As nossas paradas eram provisórias e nos destruíam a cada
Instante que a vida nos traz.
As nossas guerras tão frias deixaram nossos corpos sobre o vento
E ao vento á alma levou.
As nossas distâncias tão grandes assim como os outros nos deixam vazios,
E sozinhos não queremos estar.
A todo o momento perdido no tempo, leve e leve, nossas plumas intensas,
São carregadas pelas varias formas de sonhar.
E pelo giz que se apaga, nosso encanto se salva mais se lava com a égua e não volta nunca mais.
Pela força do giz de uma alma, nossa vida cheia de trauma compõe o cenário mais estranho que já existiu, compõe uma pena de quem a vida doou e a grande história de quem o amor apenas desejou e nada foi sentindo, e quando um sinal de liberdade se abriu, tudo foi jogado pela porta e ao espaço entreaberto daquela incerteza, o vento apagou toda lembrança que havia no quadro, feito da vida, escrito de giz e ao espaço se foram nossas recordações que nem o caminho pode retomar pela volta ao tempo.

(Luciana Amaral)

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